quinta-feira, 31 de março de 2011

Biografia - Max Martins

BIOGRAFIA
DE
MAX MARTINS






Em Belém do Pará, no dia 20 de junho de 1926 nasce Max da Rocha Martins, chegando a falecer em 09 de fevereiro de 2009.

Max Martins trabalhou em cargos públicos até se aposentar, e logo depois seguiu sua outra carreira, a de escritor, foi o primeiro caso de que um escritor aposentado recebe benefícios por ter exercido a carreira de poeta por mais de 30 anos, Ele era diretor de um núcleo de cursos da área de linguagem verbal, somente para alunos do ensino médio e universitários interessados na literatura de um modo geral, conhecido com a Casa da Linguagem.

Em 1952 foi publicado o projeto de seu primeiro livro, O Estranho. Muitos exemplares foram perdidos na época, pois o resultado de impressão daquela época foi muito precário, assim não agradando o poeta, com isso, a mando do poeta, o seu primeiro livro (edição do autor) era para ter sido foi jogado fora, porém o garoto responsável da tarefa; que foi penalizado, deixou alguns exemplares guardados nas soleiras dos casarões, desobedecendo a ordem anunciada pelo poeta, sendo assim, graças a este ocorrido, O Estranho, percorreu um longo caminho até chegar as mão dos leitores, pois por meio de doações das grandes famílias paraenses que os acervos chegaram as universidades e instituições. 


O Estranho refletia a percepção, mesmo que tardia, que é do modernismo, falava principalmente sobre a musicalidade de Cecília Meireles, e o coloquialismo de estilo de Carlos Drummond de Andrade de Alguma Poesia, igual ao livro O Homem e sua Hora de Mário Faustino (“O pão dos sábados/E as aventuras de Mário e Juvenal/Já não te comoverão/Na tristíssima volta ao lar paterno“).
Na obra Anti-retrato (1960), consegue ver a evolução para o uso com temas que se tornariam recorrentes em seus poemas e livros, - evolução essa impulsionada, de resto, pela aproximação entre as formas de criação de poesia e prosa instituída por Faustino em seus estudos sobre poesia. (“Já é tudo pedra/os dias, os desenganos./Rios secaram neste rosto, casca/de barro, areia causticante“).
Este projeto vai ser melhorado depois de uma década em H’Era (1971) com, entre outros fatos, a declaração mostrada em seus poemas da preferência por compositores

brasileiros, como Drummond, Guimarães Rosa e Jorge de Lima, e estrangeiros como William Alden, Dylan Thomas e Henry Miller (“Palavras famintas pedem bis, e o X/de Hamlet e Henry Miller me visava;/velhas rezavam, se revezavam/em cantos, panos, palinódias“).
Em sua obra O Risco Subscrito publicado em 1976, os poemas de Max Martins um tom mais Universal, já anunciado em sua obra anterior, H’Era, A preocupação com a linguagem se torna a única coisa que se fala no livro, o ritmo bem marcado demarca, uma nova relação formal com a parte em branco da pagina, o que Benedito Nunes(já falecido também) na representação da obra, é chamada de “ensaio de espacialismo” principalmente em O ovo filosófico.
Em 1983 surge uma nova obra de Max Martins, chamada de Caminho de Marahu, que ele pegou as opções de temas eróticos e transformou em um objeto de pesquisa e critica pata ou poética. A influência de João Cabral e as missões vanguardas, como a poesia concreta e poemaprocesso, redunda de uma forma estranha os textos, que juntam a natureza da pesquisa de linguagem á natureza do desejo sexual: “O branco apaga tudo – as cores desse gozo/E o próprio gozo/neste poço/ cala/som da água.
De acordo com Edilberto Coutinho (O Globo, I 9/fev./1984). Max Martins se revela, neste Caminho de Marahu além de poeta, um pesquisador e crítico, na linguagem de Décio Pignatari e dos irmãos Campos, (…) com seus parâmetros mais remotos (dentro da modernidade) em Mallarmé – por exemplo – ou, mais recentemente e de forma mais ostensiva, em Ezra Pound“.
Um livro-folder, ou também chamado de livro-poster, assim era 60/35 em sua primeira edição, no ano de 1986. Os dezoito que Max compõe parecem confirmar varias imagens confirmadas em suas outras obras. Como diz Edmond Jabés, que serve de tema para o autor, tu és aquele que escreve e que é escrito“.  Nestes poemas da para perceber as decisões quase sólidas na formação dos versos (“Escrevo duro/escrevo escuro“). A característica que faz a diferença quando compara Marahu, onde, ao mesmo tempo em que retorna a vários temas e imagens feitas nas obras anteriores, parece ceder a um pessimismo absoluto de lingugem (“Ponho na tua boca as cinzas/da minha insígnia“). Marahu acaba cronologicamente, a lista de livros juntos a obra Não Para Consolar (1992)

By Gabriel Marcelino.........................................................................................................
 


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